Meio Ambiente


 

Publicada em 21/07/2013 às 17:50:00

NORALDINO LIMA
Comunidade da E. M. Noraldino Lima faz ações para meio ambiente e a saúde
Roberto Nogueira
SAO SEBASTIAO DO PARAISO




Produção do sabão ambiental gera economia para escola foto de FOTOS: Reprodução
Membros da comunidade da Escola Municipal Interventor Noraldino Lima participam do desenvolvimento do projeto social voltado para a produção de sabão e preservação ambiental. A partir da coleta de óleo de cozinha o material é armazenado e depois beneficiado, tendo atingido a casa de 200 barras do produto. Outra ação desenvolvida pelos alunos é em relação à preservação e combate à dengue  e as ações preventivas que podem ser adotadas e que podem ajudar toda a população da cidade.

O projeto “Meio Ambiente ‘Pequenas Atitudes Grandes Mudanças’” já se encontra em sua segunda fase. A iniciativa consiste no recolhimento da sobra de óleo de cozinha que é produzida nas casas dos alunos e demais pessoas da comunidade. Em 2012 foi criado na E.M. Noraldino Lima um recipiente apropriado para receber o material denominado de papa-óleo.

As doações acontecem quase que diariamente e de forma espontânea e já pode ser considerado que virou um hábito na comunidade escolar. Conforme a professora e coordenadora do projeto Kênia Cristina Nogueira Rodrigues, “cotidianamente pais, mães, alunos e vizinhos têm deixado o óleo usado no carrinho do papa-óleo, que fica exposto na entrada principal da escola”, anuncia. Depois da coleta, o material vai para o benefi-ciamento.

De acordo com Kênia um dos objetivos do projeto é reaproveitar o óleo que se tem em casa e que fica sem utilidade. Se lançado na rede de esgoto o esgoto transforma-se um poluente e causa poluição de rios, além de ajudar a prejudicar a vida animal podendo em contato com outros produtos contaminar o meio ambiente e provocar a morte de peixes, plantas entre outros seres vivos, inclusive o homem.

Com a produção do óleo o que era para ser algo ruim para a natureza acaba sendo transformado em produto de beleza. Através de uma parceria, já foram produzidas mais de 200 barras. Conforme as serviçais da escola e que utilizam o sabão, “trata-se de um material de ótima qualidade e vem contribuindo satisfatoriamente para suprir as necessidades da escola e promovendo economia em relação a aquisição de material de limpeza”.



Dengue  



Já em relação à dengue mais de 400 alunos da Rede Municipal de Ensino participaram de uma palestra sobre as ações de prevenção e o combate as ações do mosquito aedes aegypti. “Com uma linguagem simples e precisa os alunos entenderam como acontece a reprodução do mosquito e descobriram mais uma vez que,  quem cuida do Meio Ambiente, começando pela própria casa, evita a proliferação do mosquito, que tanto mal vem causando à sociedade”, descreve a professora. O trabalho foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social em conjunto com o Departamento de Vigilância em Saúde.

Os instrutores utilizaram-se de vídeo e gráficos para a apresentação dos dados estatísticos o que ajudou a fazer com que a apresentação se tornasse mais lúdica, o que despertou a atenção dos alunos. A Secretaria Municipal de Educação cedeu o transporte para o deslocamento dos alunos de outras escolas até o Teatro Municipal. “Somos imensamente agradecido aos palestrantes, a secretaria e a todos que colaboraram para o sucesso deste evento”, anunciou Kênia.

Ainda de acordo com a professora além destas ações a coordenação do Projeto conta com a parceria de toda comunidade na busca de novas ações que apresentem como objetivo principal a Preservação do Meio Ambiente e a valorização da vida. Ela covida outras pessoas que ainda não aderiram ao projeto a participar desta iniciativa que tem o propósito de preservar o meio ambiente. Ao encerrar ela cita uma frase do escritor Millor Fernandes utilizada para reflexão no desenvolvimento do projeto. Tantos anos o país se descuidou do meio ambiente que, agora, se quiser salvar alguma coisa, vai ter que tratar do ambiente inteiro”, conclui a professora destacando a importância de se pensar sobre a questão.






Tags: ações  ambiente  Comunidade.  Lima  meio  Noraldino  saúde 



Publicada em 05/06/2013 às 23:23:00

MEIO AMBIENTE
O Dia Mundial do Meio Ambiente alerta para descaso com o tema em Paraíso
O município caminha para atrás em muitas questões ambientais
Cristiane Bindewald
SAO SEBASTIAO DO PARAISO





O Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho, foi instituído pela Conferência das Nações Unidas em Estocolmo, em 1972, com o objetivo de alertar o mundo sobre os perigos da degradação que o homem vem causando ao meio ambiente. Há quarenta anos, o tema surgia como nova e necessária preocupação humana. Hoje, mais do que imprescindíveis, as ações ecologicamente corretas tornaram-se parte da maior parte das administrações municipais brasileiras, mesmo que tardiamente, se comparadas com países europeus ou norte-americanos.

Coleta seletiva, saneamento básico, aterros sanitários, arborização, redução de veículos automotores, utilização sustentável de recursos hídricos não podem mais estar fora da pauta das ações dos gestores. Novas leis, como a de Resíduos Sólidos, foram instituídas para garantir que os governos cumpram as metas estabelecidas.

No entanto, em um município como São Sebastião do Paraíso, reconhecido por seu destaque regional em vários setores sociais, a questão ambiental está a merecer melhor atenção.



Aterro sanitário 



A data limite para o fim dos depósitos de lixo a céu aberto – os “lixões” - é 3 de agosto de 2014.  O prazo foi estabelecido pela “Lei do Lixo”, no art. 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Para se adequar a nova legislação, os municípios criaram leis municipais para a implantação da coleta seletiva.

De acordo com a 10ª edição do Panorama dos Resíduos Sólidos, lançado no dia 28 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe), das 64 milhões de toneladas de resíduos gerados no ano passado, 23,7 milhões de toneladas foram destinados aos lixões e 6,2 milhões sequer foram coletadas.

O PNRS foca no sistema de responsabilidade compartilhada, onde poder público, setor empresarial e coletividade são responsáveis pela efetividade das ações.

O engenheiro e ex-secretário de Planejamento Urbano de Paraíso, Cassius Malagutti, explica como foi adquirida a licença para a implantação do aterro no município. “Primeiramente, fizemos um estudo em dez áreas para definir a mais apta à implantação do aterro. Depois, entramos com processo de LP - Licença Prévia, que é basicamente o estudo da área. Uma vez com a LP em mãos, a prefeitura adquiriu a área. Fizemos os projetos para a construção e entramos novamente no órgão ambiental para conseguirmos a LI - Licença de Instalação. Após conseguirmos esta licença, montamos um processo para adquirir recursos financeiros junto ao governo do estado, que nos liberou 2,5 milhões para a construção. Assim, licitamos e construímos o Aterro. Após a obra pronta, entramos com novo processo solicitando a LO - Licença de Operação, que foi emitida já no início deste ano na nova administração.”

O engenheiro alerta para as regras exigidas pelos órgãos ambientais. “Esta LO foi provisória e vem condicionada ao cumprimento de diversas exigências técnicas de operação do Aterro. Se estas exigências foram atendidas, aí será liberada a licença de operação definitiva.”

No entanto, recentemente vieram a público, fotos que mostram que algumas destas normas não estão sendo cumpridas, principalmente no que diz respeito à proibição de envio de materiais recicláveis para o aterro. Desta forma, o município coloca em risco a liberação da licença definitiva.



Coleta seletiva

no município 



Para que o problema seja evitado, é necessária a implantação de serviço de coleta seletiva em todo o município. Segundo a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12305/10), os municípios devem, dentro dos planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos, implantar a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizá-veis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda (Art.18., seção IV).

Em Paraíso, a coleta seletiva estava em plena expansão até o final de 2012. No entanto, neste ano o serviço voltou a ser precário, desde o final do contrato da associação local de coletores com a prefeitura. Diante da escassez de recursos para a promoção do serviço, a ACOMARP, que recolhia cerca de 70 toneladas de material reciclável até outubro, a partir de janeiro de 2013 consegue recolher apenas 40. No último mês, a coleta baixou para 35 toneladas.

Juliana Barbosa, assistente-administrativo da Associação de Coletores de Materiais Reci-cláveis de Paraíso (ACO MARP), analisa a atual situação: “A ACOMARP esteve em expansão durante o ano de 2012. Através da conscien-tização da população, que foi crescendo junto com a ideia do desenvolvimento sustentável, tão falado nos dias atuais. Acostumada com a coleta que era feita pelos caminhões e carrinhos, a população começou a separar seus resíduos, inclusive em bairros mais humildes da cidade. Contavam com um dia específico para a coleta e já aguardavam. Após a crise enfrentada pela associação, começaram a diminuir a capacidade de coleta, pois sem os caminhões ficou mais complicado o trabalho em toda cidade, perdemos desta forma diversas casas onde as pessoas já tinham este costume de separar para a reciclagem. Tendo em vista que grande maioria do lixo produzido em São Sebastião do Paraíso é reciclável, é lamentável ver pelas ruas sacolas com material separado sendo recolhido pelo caminhão de lixo e novamente misturado e levado ao aterro.”



Excesso de veículos e dificuldade de acessibilidade 



A cada dia que passa, a população nota o crescimento da frota de veículos em Paraíso. No entanto, ações para que a mobilidade urbana sustentável seja definitivamente implantada no município também deixaram de ser prioridade. Quem opta por abrir mão do uso de carro, o que seria perfeitamente viável em um município menor, enfrenta muitas dificuldades: calçadas danificadas e sem acessibilidade, insegurança para pedestres, impossibilidade de uso de bicicleta em determinados pontos, poucas conexões de transporte coletivo, entre outros problemas.

Se o uso consciente de veículos depende de uma atitude da população, o suporte seguro e eficiente para esta decisão depende do poder público.

Cassius Malagutti explica que foi elaborado em 2012 o Plamob - Plano de Mobilidade Urbana, com a ajuda de uma empresa especializada. “A política municipal de mobilidade urbana é o instrumento de integração entre os diferentes modos de transporte e visa à melhoria da mobilidade das pessoas e cargas no território do município e o acesso universal à cidade”, explica.

Foram realizadas cinco audiências públicas no decorrer de dois anos no município, para que os estudos fossem transformados em lei e encaminhados à Câmara Municipal. “É importante ressaltar que este Plano de Mobilidade é condicionante para que se consigam recursos junto ao governo federal nestas áreas. Durante a elaboração deste plano foi identificada a priorização do transporte não motorizado, daí as ações incentivando a execução de calçadas nos terrenos vazios e a elaboração de um estudo de ciclovia para o município, ligando os diversos pontos de interesses por bicicletas, como parques industriais, escolas, áreas de lazer, etc”, explica Cassius.

No entanto, as ações para a implantação do Plamob estão paralisadas.



Arborização 



Ruas arborizadas reduzem a temperatura de uma cidade, além de colaborar com espaços mais agradáveis para a circulação de pedestres.

Até o final de 2012, foram plantadas cerca de 5 mil árvores em Paraíso. Também foi aprovada pela Câmara de Vereadores a Lei Municipal n.º 3764, que dispõe sobre a arborização urbana no município.

No entanto, neste aspecto, a ação de cada cidadão é de fundamental importância, pois muitas destas árvores foram arrancadas pelos próprios moradores das localidades, ou em sua maioria por vândalos.



Escasso uso de recursos sustentáveis





O uso sustentável de recursos naturais, tanto por empresas como pelos moradores em suas casas, é considerada a única saída para que o planeta possa ser preservado. Exemplos simples como a reutiliza-ção da água da chuva ou o aquecimento solar deveriam estar incluídos nos planos de todo cidadão.

Nesta quarta-feira (5/6), o ambientalista Samuel Anderson Queiroz Silva realizará no Teatro Municipal, às 19h30, a palestra “Cidades Sustentáveis – uma responsabilidade compartilhada”.

O especialista, graduado em Relações Internacionais, com pós-graduação em Mudanças Climáticas e Protocolo de Quioto, pela Organização dos Estados Americanos (OEA), explica a importância de cidades baseadas no conceito de sustentabilidade. “Uma cidade sustentável está sobre um tripé: econômico, social e ambiental. De nada adianta termos uma cidade “rica”, como, por exemplo, São Paulo, e ambientalmente degradada e socialmente desigual. Ou um pequeno vilarejo no meio da Amazônia, que é ambientalmente “rico”, mas economicamente e socialmente “pobre”. Nossa cidade não foge de contexto. Que modelo de cidade queremos para nós e para nossos filhos? Queremos um modelo de desenvolvimento econômico pautado na vinda de indústrias que poluem e degradam a qualidade de vida de nossas cidades, ou empresas que desenvolvem novas tecnologias e valorizam o conhecimento? Assim, uma cidade onde os cidadãos têm a consciência de uma árvore plantada na porta de casa, da água que consome, do lixo que produz, da geração de conhecimento na faculdade local, do uso consciente do seu veículo está deixando a casa arrumada para as futuras gerações.”

Tags: alerta  Ambiente  descaso  Dia  Meio  Mundial  Paraíso  tema 





Atividade realizada pela aluna Amanda do 4º ano. 




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